sexta-feira, 26 de junho de 2015

Uso do Revit Arquitecture para cálculo das paredes internas do projeto de arquitetura.

Segue um projeto simples que fiz, demostrar o cálculo das paredes internas por m2.








Área total externa: 9mx9m=81m2
Área das paredes internas imagem abaixo e pé direito 2,80m



A área total é de 178,43 m2 é uma mão na roda porque posso calcular o m3 do emboço, chapisco, reboco e pintura e também o tempo que vai durar a atividade.
Posso calcular as quantidades e quanto tempo dura a atividade, neste exemplo os coeficientes multiplicados por m2.

4-Chapisco Arg. Cimento e areia Traço 1:3 m3
0,89
M3
Descrição
Unidade
Coeficiente
Preço
Total

MÃO DE OBRA


SERVENTE
H
32,45
7,27
 R$      210,47
3,22
DIA

MATERIAIS


CIMENTO PORTLAND
KG
486
0,51
 R$      221,13
8,67
SACO
AREIA MÉDIA
M3
1,216
46
 R$        49,90
1,08
M3

É claro que os coeficientes podem variar mas aqui está um exemplo.
No revit o cálculo é automático mas quis demonstrar  no modo manual. Quando você desenha a parede ele já pede a espessura da linha que no caso a da parede, por isso o cálculo é automático.


domingo, 7 de junho de 2015

A INFORMAÇÃO PARA UM ENGENHEIRO E ARQUITETO

Aplicabilidade prática do conceito BIM em projeto de estruturas

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil
na Especialidade de Mecânica Estrutural
Autor
Diogo Gonçalo Pinto Tarrafa
Orientador
Daniel António Semblano Gouveia Dias-da-Costa
Miguel Ângelo Dias Azenha

Coimbra, Outubro, 2012




Enquadramento
A elaboração de um projeto de construção civil é tradicionalmente dividido em diversas fases (projeto de arquitetura, projeto de estruturas, projetos das restantes especialidades, construção,
operação, demolição, entre outras), onde participam distintos intervenientes (arquitetos, engenheiros, fabricantes, construtores, donos de obra, entre outros), levando a que este processo seja por natureza fragmentado. Adicionalmente, na metodologia de trabalho atual,cada especialidade realiza o respetivo projeto de forma desconectada das restantes, pois não existe uma fonte completa e permanente de informação referente ao projeto global,
encontrando-se esta segmentada pelos diversos intervenientes. Existe assim, uma ineficiente capacidade de cooperação, comprometendo a qualidade dos projetos e tornando-os mais
morosos e dispendiosos. Consequentemente, devido à ineficaz capacidade de encontrar conflitos e incongruências no projeto, estes propagam-se frequentemente para a obra,influenciando o seu custo, tempo de construção e, em último caso, a sua qualidade.
Deste modo, da necessidade de melhorar os métodos de trabalho, nasceu o conceito “BuildingInformation Modeling” (BIM), que proporciona automatismos de integração de projeto,criando uma plataforma informática única e transversal a todos os intervenientes e capaz de englobar todo o ciclo de vida de uma infraestrutura, abrangendo aspetos de concepção, manutenção e gestão. O projeto torna-se também mais acessível a outras entidades que no futuro possam intervir neste, facilitando eventuais operações de construção, demolição, entre outras. 

Building Information Modeling – BIM

De acordo com a “National BIM Standart” o conceito BIM envolve a geração e gestão de uma representação digital de características físicas e funcionais de uma edificação. O modelo BIM
criado resulta num recurso de conhecimento confiável partilhado que apoia a tomada de decisões desde os primeiros estágios conceptuais do projeto até ao final o seu período de vida
útil[3].
O Arquiteto e consultor da Autodesk “Phil Bernstein” foi o primeiro a usar o termo BIM, contudo foi Jerry Laiserin – analista da indústria de construção, focado em tecnologias de colaboração que apoiam o projeto e estratégias de trabalho cooperativo – quem o popularizou, conceito que era referenciado em diferentes empresas de produção de plataformas informáticas de apoio à indústria AEC, por diferentes termos: pela Graphisoft como Virtual Building” ou pela Bentley Systems como “Integrated Project Models”[4]. De acordo com Jerry Laiserin e outros, a primeira aplicação BIM estava sob o conceito de “Virtual Building” do ArchiCAD produzido pela empresa Graphisoft, na sua estreia em 1987[4].
A necessidade de criar um modelo representativo dos processos de construção levou a que se percebesse a importância em abandonar a simples representação de elementos através de linhas, formas e texto (técnicas tradicionais de CAD) e se passasse a representar um modelo como uma associação de elementos individuais, através de uma modelação orientada porobjetos. Para tal, atribui-se aos objetos significado que determina o modo de interação destes
numa estrutura racional dividida por especialidades. Assim, a estes objetos são conferidas
características geométricas, físicas entre outras. Entre os parâmetros encontram-se, tipo de material, propriedades físicas, térmicas, custo do material, entre outros.
Num modelo BIM a informação encontra-se interligada por relações paramétricas o que significa que as alterações são processadas em tempo real em todo o modelo, evitando a
propagação de erros e dinamizando os processos de atualização. Qualquer alteração do modelo é repercutida automaticamente em todas as suas componentes gráficas tal como, igualmente, em toda a restante informação não gráfica do modelo por esta afetada.
Todos os profissionais envolvidos no projeto compartilham um modelo único, permitindo
reduzir, as perdas de informação que tradicionalmente ocorrem quando uma nova equipa intervém no projeto, os conflitos entre projetos e as duplicações de processos. Ao ser usado um projeto único, garante-se também que qualquer interveniente no projeto trabalhe sempre com a informação mais atual.
O modelo BIM deve deste modo ser visto como um modelo central de grande concentração de informação acessível a todos os intervenientes no projeto. Esta informação vai endo progressivamente adicionada ao modelo pelas várias especialidades tais como, arquitetura, engenharia estrutural, engenharia mecânica, entre outras, facilitando a cooperação entre elas.
Pretende-se que esta contínua introdução de informação não se resuma à apenas sua simples

adição, mas sim a um permanente intercâmbio entre todos os intervenientes.

sábado, 6 de junho de 2015

OBRA DA CSA DO ATLÂNTICO SUL


Foi uma obra que participei que tenho muito orgulho.Fica em Santa Cruz perto de Itaguaí estado do rio de janeiro.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Obras do Parque Olímpico do Rio de Janeiro

Divulgadas imagens aéreas das obras do Parque Olímpico do Rio de Janeiro

Veja o andamento da construção das instalações do complexo de Deodoro e da Vila dos Atletas

Kelly Amorim, do Portal PINIweb
14/Janeiro/2015


Depois de divulgar um vídeo que mostra a evolução das obras na Vila Olímpica e Paralímpica, em construção no Rio de Janeiro, o Ministério do Esporte divulgou nesta quarta-feira (14) imagens aéreas das intervenções em Deodoro, no Parque Olímpico, e na Vila dos Atletas.
As fotos captadas neste mês retratam o andamento das obras de construção da vila em que ficarão hospedados os atletas olímpicos, composta por 31 prédios de 17 andares. No local, também está construído um empreendimento comercial que atenderá as necessidades operacionais da vila durante os Jogos Olímpicos. Localizado em um terreno de 800 mil m² vizinho ao Parque Olímpico, o complexo de prédios será reagrupado para dar origem a diferentes condomínios residenciais após os Jogos de 2016, chamados de Ilha Pura. O empreendimento é construído pela Carvalho Hosken e Odebrecht Realizações Imobiliárias.
As fotos divulgadas também mostram as obras do Parque Olímpico, que receberá instalações como as Arenas Cariocas 1,2 e 3; Centro de Tênis; Arena do Futuro; Estádio Aquático; Arena Rio e o Centro Internacional de Transmissão (IBC). A área de 1.18 milhão de m² onde funcionava o Autódromo de Jacarepaguá será palco de 16 modalidades olímpicas e 10 paralímpicas.
Em dezembro, a Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou um balanço dos projetos olímpicos em andamento, que relaciona as obras em execução.



ARMADURA TECNOLÓGICA

ARMADURA TECNOLÓGICA

As atualizações diárias a que somos submetidos é uma constatação. Mas o que seria isso, temos realmente essa armadura? temos sim que constitui a vida que você  leva, como exemplo a  minha armadura é feita pela minha casa onde moro, pelos meus pais, pela minha esposa, amigos etc... como também o conhecimento que tenho os empregos que tive e terei. é aquilo que eu sou. Portanto a necessidade de uma atualização constante e diária, aquela frase que “o mundo está globalizado”, até a pouco tempo não sabia. Quer dizer que o mundo está “conectado” e as informações correm rápido, na minha época de estudante de engenharia civil não tínhamos internet e nem Facebook só podíamos estudar na biblioteca e nem os celulares que existem hoje, o autocad era o autocad 12 para se fazer um desenho era feito no papel manteiga e depois para foha A1, A2, A3 etc..., mesmo formado tenho que coletar informações sobre a minha profissão e o trabalho a ser executado. Pois é  o BIM 3d não sabia o que era isso precisei me informar e aprender sobre isso vocês sabiam que já existe o Gerente BIM, o que ele faz é coletar toas as informações dos programas e transmitir para a equipe.

CAD:

Structural AutoCAD®
AutoCAD® Architecture
AutoCAD® MEP
AutoCAD® Structural Detailing
Autodesk® Showcase®
 Autodesk® SketchBook®Desiner
Autodesk® Revit® Architecture
Autodesk® Revit® MEP
Autodesk® Revit® Structure
 Autodesk® 3ds Max® Design Autodesk®
Navisworks® Manage
Autodesk® Quantity Takeoff
Autodesk® Inventor®

Para finalizar estava assistindo o programa de variedades MAIS VOCÊ com a Ana Maria a entrevista com a irmã do Airton Senna do Instituto Airton Senna, e ela estava dizendo sobre a educação que o ensino fundamental, médio e superior no Brasil é do século 19 porque os outros países já estão acostumados com a dinâmica do ensino e que o jovem ao longo da sua vida profissional poderá ter até 37 empregos e que o mercado precisa desse profissional, daí a necessidade de uma atualização diária e constante.


quinta-feira, 4 de junho de 2015


Experiência do uso de REVIT em Projeto de Estrutura
Angelo Ricardo Rech – REFE engenharia

Descrição do processo de implantação e treinamento no uso do Revit Structure, e relato das vantagens alcançadas no uso diário profissional.
Objetivo de aprendizado
Ao final desta palestra você terá condições de entender:
 Como fazer a implantação
 Vantagens obtidas em sua utilização
 Dicas de uso
Sobre o Palestrante
Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1987, é diretor técnico da REFE engenharia onde exerce as funções de coordenação de projetos, gerenciamento, orçamento, planejamento e consultoria em projetos industriais de médio e grande porte. Especializou-se em engenharia de estruturas onde utiliza as ferramentas com plataforma BIM nos projetos de grandes galpões, prédios de apoio e prédios administrativos destes parques industriais, aliando os benefícios das soluções AEC da Autodesk no gerenciamento destas obras.
angelo@refeengenharia.com.br
Experiência do uso de
REVIT em Projetos de Estruturas
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Como fazer a implantação:
Porque implantei o REVIT em meu escritório?
Em dado momento de meu escritório, alguns projetistas que trabalhavam com o AutoCAD definiram mudar de atividade profissional, sendo para mim um desafio de aumentar a produtividade com a equipe restante diminuída. Conheci, através do revendedor Autodesk local, o REVIT. Aprofundei-me a conhecer através da internet, assistindo vídeos, estudando tutoriais e baixei a versão DEMO do software para os primeiros testes. Em dois meses optamos em adquirir as licenças e a praticamente um ano, toda a nossa equipe de projetos trabalha com o REVIT para os projetos. Ganhamos em velocidade e em precisão nos nossos trabalhos.

Entendendo o BIM:

BIM (Building Information Modeling) de acordo com o “Building Informatiom Modeling Execution Guide Planning Guide” da “ The Computer Integrated Construction Research Group The Pennsylvania State University” é “a digital representation of physical and functional characteristics of a facility” ou seja, é uma representação digital das características físicas e funcionais de uma instalação. A família REVIT da Autodesk que utiliza a plataforma BIM são o Autodesk® Revit® Architecture, o Autodesk® Revit® Structure e o Autodesk® Revit® MEP .
Isto permite abranger os principais projetos de uma obra em uma única plataforma, o que facilita nas modificações dos projetos.
Atualização tecnológica no escritório de projetos: A utilização do Autodesk® Revit® Structure no escritório de projetos permite a equipe o contato com uma ferramenta de alta tecnologia, sendo utilizado no mundo inteiro, para modelagem tridimensional das estruturas fazendo com que as pessoas envolvidas neste processo ganhem em informação e habilidades em sua utilização.
Metodologia de implantação: Existem várias formas de implantação do Autodesk® Revit® Structure no escritório, podendo ser através de um consultor externo à empresa, através de participação da equipe em cursos de treinamento, através do contato com materiais impressos como apostilas, livros, etc..e/ou através dos vídeos existentes no próprio site da AU, de eventos acontecidos.
Experiência do uso de
REVIT em Projetos de Estruturas
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É muito importante dedicar um tempo fora do horário normal de expediente de trabalho para aprender esta técnica, pois no dia a dia de nossas atividades, nem sempre nos permitem a tranqüilidade necessária para absorver as informações que nos ajudarão a manusear a ferramenta.
Motivação:
Ao visualizar os projetos em andamento, em sua finalização e mesmo na apresentação ao cliente, sentimo-nos orgulhosos do resultado obtido, o que motiva cada vez mais ao aprimoramento de sua utilização, e deixa igualmente a equipe motivada, principalmente aos iniciantes.
Escopo de abrangência do escritório de estruturas: Lançamento inicial da estrutura: O Autodesk® Revit® Structure permite o lançamento da estrutura diretamente sobre a arquitetura em 2D, no caso em AutoCAD®, ou sobre o Autodesk® Revit® Architecture, neste caso melhor, pois o lançamento seguirá exatamente os eixos e níveis da arquitetura, trazendo com isto maior precisão em detalhamento Dimensionamento dos elementos estruturais: O Autodesk® Revit® Structure possui interface de duas vias com o software de análise estrutural da Autodesk denominado de Autodesk® Robot™ Structural Analysis Professional. Isto diminui o tempo do lançamento geométrico dos elementos. Detalhamento para construção ou fabricação: O Autodesk® Revit® Structure não é a ferramenta de detalhamento para construção e fabricação de elementos em estrutura metálica ou concreto armado. Para isto é possível exportar o modelo para o software apropriado da Autodesk que é o AutoCAD® Structural Detailing .
Vantagens obtidas em sua utilização
Vantagens na fase de projeto:  Velocidade: Por ser paramétrico, o Autodesk® Revit® Structure proporciona grande velocidade de projetos e facilita muito as modificações solicitadas. Também se faz desnecessária novas modelagens para softwares de análise estrutural e detalhamento, visto ter o Autodesk® Revit® Structure interação bi-direcional com o Autodesk® Robot™ Structural Analysis Professional e AutoCAD® Structural Detailing (para usuários em subscription).

OBS: No presente trabalho o engenheiro gostaria e implementou os diversos programas em seu escritório fez estudos e se atualizou com a nova tecnologia e deu certo.

 Entendimento: Por proporcionar uma visualização real das estruturas, o Autodesk® Revit® Structure proporciona um entendimento completo da estrutura, o que facilita muito na apresentação ao cliente. (walkthrough, câmera).  Quantificação: As planilhas de quantitativos obtidas no Autodesk® Revit® Structure proporcionam instantaneidade em sua geração, análise e alteração. Também auxilia na estimativa de orçamento da obra.
 Detalhamento: O grau de detalhamento das estruturas é tal quanto se deseja. A visualização também pode ser regulada para o grau de detalhamento de que se deseja
 Informação: A característica do BIM a respeito da total informação de cada elemento do projeto proporciona ao projeto maior confiabilidade.
 Identificação de elementos não suportados: Com as linhas analíticas da modelagem, podemos perceber a interação entre elementos como ligações, alinhamentos etc., Também podemos definir as cargas e a combinação entre elas para análises estruturais subseqüentes.
 Visualização da ferragem: A modelagem da forma bem como da localização da ferragem no interior dos modelos são facilmente visualizáveis e facilita na identificação de interferências.
 Trabalho em equipe: A ferramenta Work set dos REVITs permitem utilização do modelo por vários profissionais sobre uma mesma plataforma de trabalho.
 Personalização: O software permite fácil personalização (unidades, padrões, visualização, códigos, normas)
 Renderização: O render das famílias REVITs são muito bons e fáceis de utilizar, permitindo uma apresentação dos modelos estruturais com fantástica qualidade.
 Janelas do tipo “tile”: A visualização de trabalho dos REVITs permite várias vistas ou plantas baixas abertas ao mesmo tempo. Isto facilita a visualização da alteração da estrutura sob diversos pontos de vista, quando da inserção/modificação de elementos,
Vantagens na fase de planejamento:
 Pré-construção: A modelagem real do sistema informa e antecipa os problemas de interferências na estrutura, arquitetura e instalações proporcionando a sua alteração antes da construção.
 Interoperabilidade: O REVIT structure permite interoperabilidade entre os softwares da AEC Autodesk, pricipalmente do Autodesk Buiding Design Suite. Alguns deles são:
ExperiênciaAutoCAD® AutoCAD® Architecture AutoCAD® MEP AutoCAD® Structural Detailing Autodesk® Showcase® Autodesk® SketchBook® Designer Autodesk® Revit® Architecture Autodesk® Revit® MEP Autodesk® Revit® Structure Autodesk® 3ds Max® Design Autodesk® Navisworks® Manage Autodesk® Quantity Takeoff Autodesk® Inventor®
Vantagens na fase de construção:  Documentação: A documentação gerada pelo Autodesk® Revit® Structure fornece à obra uma organização de pranchas de acordo com os padrões da empresa.
 Entendimento interação arquitetura/estrutura: Muitas vezes nos deparamos com a incompatibilidade entre arquitetura e estrutura. A fácil visualização dos REVITs auxilia na resolução deste problema


BIM 3D

Construtoras apostam no BIM 4D para melhorar assertividade do planejamento de obras

Modelo tridimensional de projeto associado ao cronograma de atividades permite visualizar etapas da obra e identificar prós e contras de cada plano de ataque

Juliana Nakamura
Sintonia fina
Para que tudo isso funcione, não basta construir uma sofisticada base tecnológica com um pool de softwares e licenças. As equipes de projeto, planejamento e orçamento precisam trabalhar de forma integrada. Eis o primeiro grande desafio para a maioria das construtoras.
Na Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), a necessidade de integração levou a empresa a rever todos os processos internos das equipes envolvidas (planejamento, orçamento, engenharia). "Isso porque o que cada equipe faz hoje é diferente do que fazia antes. Não basta mais fazer só para a sua área. É preciso pensar no conjunto", explica Luiz Augusto Lervolino Pereira, diretor de Engenharia e Sistemas de Gestão da CCDI.


O grande desafio, explica Thais de Paula, é que, para haver a integração efetiva, os modelos não podem ser produzidos de modo aleatório. Eles precisam conter uma série de informações qualificadas demandadas pelo software de planejamento para a produção de gráficos e cronogramas. Na OR isso foi equacionado após meses de muita conversa e reuniões, antes de se iniciarem as modelagens
É fundamental, portanto, que o projeto nasça modelado de forma a atender às necessidades das etapas posteriores, no caso, do planejamento e do orçamento. "As equipes de projetos devem estar totalmente aderidas ao processo executivo da construtora", reforça Fernando Corrêa da Silva, lembrando que, quanto mais o modelo refletir sua execução, maior será o sucesso de sua aplicação.
Outra barreira que gradativamente vem sendo superada é a tecnológica. Desenvolver projetos em BIM exige a interoperabilidade de um conjunto de softwares e aplicativos. Na CCDI, onde o BIM é a base de operação para as áreas de planejamento, orçamento, suprimentos, gestão de contratos e controle da qualidade, trabalham conjuntamente nove softwares de mercado, além de um sistema (ERP) próprio que funciona como centralizador, tradutor e intérprete.
Diante de múltiplas tecnologias, o caminho escolhido por muitas empresas foi utilizar o Industry Foundation Classes (IFC) e exportadores diretos entre as ferramentas. Joyce Delatorre, da Método, conta que boa parte das informações são facilmente compartilhadas entre os sistemas. Porém, ainda há perdas de informação com o IFC. "Para contornar isso, definimos diretrizes de modelagem para garantir o uso apenas de componentes auditados. Todo modelo BIM, desenvolvido internamente ou pelos projetistas, passa pelo nosso controle da qualidade interno para garantir a confiabilidade dos dados", revela.
Se por um lado há esses desafios, um facilitador importante é a aderência e o entusiasmo dos profissionais, sobretudo dos recém-formados, em relação à nova tecnologia. "Mas isso não exclui a necessidade de investirmos em capacitação para uso da metodologia BIM, que envolve novos fluxos e relações de trabalho", salienta Delatorre.
Questões importantes ao planejar com BIM
.

BIM 3D


Embora ainda seja incipiente, a utilização do Building Information Modeling (BIM) pelas construtoras brasileiras aos poucos avança em sofisticação, indo além de funcionalidades como a geração de modelos virtuais tridimensionais e a possibilidade de verificação de interferências nos projetos (clash detection). A evolução aponta principalmente para a integração com as ferramentas de planejamento, o chamado BIM 4D. Nele, às três dimensões espaciais que compõem o modelo 3D, é acrescida a variável tempo, tornando-se possível incorporar ao modelo informações sobre cronograma, sequência de obra e fases de implantação. Paralelamente surgem iniciativas que visam a aproximar o BIM dos canteiros, para que informações obtidas junto às frentes de trabalho, sejam de progresso ou de atraso de atividade, possam automaticamente municiar as equipes de planejamento, facilitando a tomada de decisão sobre as intervenções necessárias, gerando mínimo impacto nos cronogramas. Também ocorrem simultaneamente experiências em direção ao BIM 5D, que integra às outras variáveis o custo, permitindo que o modelo seja utilizado para gerar quantitativos e orçamentos.
"A ideia é vincularmos as informações dos componentes que representam o escopo do projeto às informações de planejamento e custo. Isto nos dá mais precisão sobre a quantidade de cada serviço a ser executada, permite a simulação de cenários e nos auxilia na definição do planejamento", explica Joyce Delatorre, coordenadora do Núcleo BIM da Método Engenharia. "Com estas informações integradas, se tivermos qualquer alteração de projeto, conseguimos rastrear o impacto no prazo e no custo da obra, auxiliando na tomada de decisão", continua a engenheira.
Ao permitir visualizar virtualmente e mais facilmente a progressão da obra, espera- se que o BIM integrado ao planejamento gere controles mais assertivos sobre os prazos de execução. Fernando Augusto Corrêa da Silva, diretor da Sinco, explica que tal precisão decorre principalmente da maior confiabilidade das informações do modelo e da possibilidade oferecida às equipes de planejamento de explorar diversas formas de executar a obra, escolhendo entre as opções existentes a melhor estratégia de ação.
"Além disso, diferente do que ocorre tradicionalmente, decisões que provavelmente seriam tomadas num segundo momento são antecipadas para a etapa de projetos. É o caso da logística interna do canteiro e de simulações de conflitos entre serviços", compara Diogo Linhares de Camargo, sócio-diretor da Porto Camargo, construtora e incorporadora paranaense que utiliza, pela primeira vez, o BIM 5D (que também inclui a variável custo) na construção de um edifício residencial em Curitiba. Ele conta que simulações subsidiaram a tomada de algumas decisões, como a definição da quantidade de operários para a realização das atividades, a definição da sequência de execução das obras, o estudo de logística de canteiro, e até as análises de custos das soluções para fachadas.
Uso seletivo
Integrar o BIM ao planejamento pode induzir ganhos consideráveis para quem utiliza sistemas construtivos pré-fabricados e trabalha com prazos de execução exíguos. "Em obras com alto grau de industrialização, como as que fazemos, a modelagem tem um importante papel no dimensionamento e na operação dos equipamentos de movimateria mentação e também ajuda a programar com mais precisão a entrega dos pré-fabricados", comenta Marcelo Pulcinelli, diretor de engenharia da Matec.
Ele conta que o BIM é utilizado em função da complexidade do projeto em questão na Matec. "Um galpão simples pode não justificar o investimento em uma modelagem completa. Ou corre-se o risco de a obra ficar pronta antes do modelo. Já em outros projetos, os ganhos podem ser enormes com a modelagem dos trechos de maior criticidade e com maior grau de interferências", explica, citando como exemplo edifícios com alta densidade de instalações prediais.
Thais Mazziotti Salomão de Paula, coordenadora de Projetos da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), reforça que a utilização do BIM 4D pode ser bastante flexível. Segundo ela, é possível utilizar a metodologia para fazer modelos bem simples e simular o plano de ataque da obra de modo geral, ou para elaborar modelos mais detalhados para simular o ataque a uma etapa específica, como, por exemplo, a vedação.